No tempo que os antepassados fabricavam vinho no porão
e a vida corria sem pressa por outro diapasão
muito trabalho na lavoura, na casa paz e mansidão...
No pesado moinho transformavam
grãos em farinha e a roda dágua rangendo
dava conta de toda a produção...
Os frutos da vindima sempre foram sagrados
o vinho, o vinagre,a cerveja e a grapa
fazia-se mesmo em casa...
O nono ensinava aos netos as tramas da cestaria
cuidados com a terra,como tratar animais,
rudimentos da mecanica,maneirsmos da carpintaria...
A vechia passava as receitas de culinária as meninas...
segredos de assar as massas e de cozer a batatas,
habilidades com roca e ofício de fiandeira...
Quando o abandonado sótão vira museu
e o grande baú além de alguns bordados deixa ver alguns guardados
e as sobras de um enxoval, um surrado livro de reza e versos
em língua morta caem do bolso de um avental...
Deixando a mostra a miltifacetada e verdadeira mulher
que escondia-se sob o negro véu da carrancuda e fria
figura da nona colonial..!
a-escriba
Há 12 anos
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