sábado, 28 de março de 2009

Nona Colonial

No tempo que os antepassados fabricavam vinho no porão

e a vida corria sem pressa por outro diapasão

muito trabalho na lavoura, na casa paz e mansidão...

No pesado moinho transformavam

grãos em farinha e a roda dágua rangendo

dava conta de toda a produção...



Os frutos da vindima sempre foram sagrados

o vinho, o vinagre,a cerveja e a grapa

fazia-se mesmo em casa...



O nono ensinava aos netos as tramas da cestaria

cuidados com a terra,como tratar animais,

rudimentos da mecanica,maneirsmos da carpintaria...

A vechia passava as receitas de culinária as meninas...

segredos de assar as massas e de cozer a batatas,

habilidades com roca e ofício de fiandeira...



Quando o abandonado sótão vira museu

e o grande baú além de alguns bordados deixa ver alguns guardados

e as sobras de um enxoval, um surrado livro de reza e versos

em língua morta caem do bolso de um avental...

Deixando a mostra a miltifacetada e verdadeira mulher

que escondia-se sob o negro véu da carrancuda e fria

figura da nona colonial..!

Nenhum comentário:

Postar um comentário