segunda-feira, 18 de julho de 2011

Felpas e Fiapos

Felpa de lenha do mato
que as vezes dói no
meu dedo.
É o cerne da corunilha.
Flechilhas soltas no vento
Comigo vão a cavalo.
Não desmembra-se a vontade
Galopa firme nas vagas.
Junho desiste da briga
Julho atolado em geadas
Branqueia sanga e coxília...
Fiapo de lã escapa
do poncho cru da guria,
É o destino a cardar
encontros e desencontros
na invernia a galopar.

Gladis Deble

Nenhum comentário:

Postar um comentário